Se já foi a um jogo de futebol sabe que é frequente ouvir nos altifalantes do estádio um apelo para que o proprietário de um carro com a matricula tal e tal se apresente junta à porta tal e tal. Agora imagine que o proprietário do automóvel não é nenhum dos adeptos presentes nas bancadas, mas sim o árbitro que está no centro do relvado a dirigir o jogo. Aconteceu em Espanha e o juiz correspondeu à chamada, interrompendo o desafio.
Foi este domingo no decorrer de um jogo entre duas equipas de Múrcia, o Jumilla e o Puente Tocinos, da terceira divisão, e o árbitro em causa era Madrigal Soria. Estávamos no minuto dezoito da segunda parte quando, segundo contaram testemunhas locais ao jornal «Marca», o juiz, ao aperceber-se que a matrícula mencionada nos altifalantes correspondia à do seu caro, interrompeu o jogo e abandonou o relvado.
A interrupção durou pouco mais de cinco minutos, o tempo que o árbitro necessitou para se aproximar dos agentes de autoridade e saber o que se passava. A polícia informou Madrigal Soria que o seu carro tinha sido objecto de roubo depois de lhe terem partido uma das janelas. O árbitro dirigiu-se então aos balneários para entregar a chaves do seu automóvel a um dos dirigentes do Jumuilla e regressou ao relvado para retomar o jogo.