Num dos capítulos deste livro, fizemos referência e demos a conhecer alguns dos “ases de outros tempos” do Sporting Campomaiorense, que envergaram a camisola do clube nas mais variadas épocas, desde as suas origens. Certamente muitos outros seriam dignos, e merecedores, de referência no âmbito da vida do clube ao longo dos anos, pelo esforço e dedicação que emprestaram ao Campomaiorense.
Se desde os primórdios do Campomaiorense, em cada fase e década da sua vida, houve atletas merecedores de especial referência, também nas mais recentes páginas da história do clube encontramos um que, com todo o mérito, é merecedor de especial destaque. Trata-se de Arriaga, um atleta que não conheceu outro clube a não ser o Sporting Clube Campomaiorense.
Tomás Arriaga foi, talvez, o último atleta natural de Campo Maior a envergar a camisola do clube, depois de uma vasta carreira em todos os escalões. Arriaga foi o único atleta de Campo Maior que conheceu todos os momentos de glória do clube, integrando o plantel da equipa que subiu da terceira à segunda divisão, da segunda à divisão de honra, e da divisão de honra à primeira divisão. E como nem tudo são alegrias, Arriaga conheceu o sabor amargo da derrota quando o Campomaiorense desceu da primeira divisão à divisão de honra. Na época seguinte, na condição de capitão de equipa, voltou com o Campomaiorense à primeira divisão. Abandonou o futebol quando tinha 32 anos de idade, no ano de 1997, deixando atrás de si um vasto currículo como futebolista, defendendo sempre as cores da sua terra.
Começou a praticar futebol, aos seus 12 anos de idade, nos iniciados do Campomaiorense, na época de 1977/78. Foi subindo nos escalões etários do clube, passando sucessivamente pelos juvenis e juniores, até ingressar, na época de 1982/83, definitivamente, no plantel sénior do clube. Depois de atingir o escalão máximo dentro do clube, Arriaga cumpriu oito épocas na terceira divisão nacional, duas épocas na segunda divisão B e três épocas na divisão de honra, num total de treze temporadas, culminando com a subida à primeira divisão nacional para a qual contribuiu com o seu esforço, dedicação e brio profissional e, sobretudo, pelo exemplo que deu aos seus companheiros e adversários, quando capitão de equipa, ora apoiando e incentivando uns, ora toldeando e respeitando outros.
Depois de abandonar a carreira de futebolista profissional, que chegou a ser, Arriaga não se desligou do futebol na sua terra. Desde essa altura, e até aos dias de hoje, Arriaga faz parte da equipa técnica que acompanha as camadas jovens do clube que tão boa carreira têm desenvolvido. Por estes atributos, e como exemplo para as camadas mais jovens, não só do clube, Tomás Arriaga é merecedor deste destaque nas páginas da história do Sporting Clube Campomaiorense.
Tomás Arriaga
Tomás Arriaga recebeu Faixa de Campeão
uma obra de Joaquim Folgado e Francisco Galego