De toda a sua história, com muitos êxitos pelo meio, a segunda metade da década de 90, foi aquela em que o Sporting Clube Campomaiorense mais se notabilizou, ao chegar ao topo do futebol português. Independentemente do que possa surgir no futuro, a subida à primeira divisão nacional irá ficar escrita a ouro nas páginas da sua história.
A aposta foi da direcção do clube, liderada por João Manuel Nabeiro, mas o êxito tem que ser repartido por atletas e equipa técnica. Manuel Fernandes é o treinador que irá ficar para sempre ligado à história do clube, por ser o primeiro a conseguir levar o Campomaiorense à primeira divisão.
Manuel Fernandes, coadjuvado por António Oliveira, nessa época de 1994/95, contava com um plantel composto pelos seguintes vinte e nove atletas: Paulo Renato, Du, Vítor, Sardinha, Arriaga, Azinhais, Sousa, Aurélio, Octaviano, Quim, Lito, Jorge Neves, Gila, Nuno Luís, Rui Jorge, Eurico, Joel, Sérgio, Rudez, José Albano, Emanuelle, Arnaldo, Luís Canhoto, René Rivas, Manguinhas, Bruno Silva, Zézé Gomes, Jorge Silvério, Jimmy e Quim Dias. De registar que neste plantel constavam apenas dois atletas naturais de Campo Maior, Tomás Arriaga e João Azinhais, que conseguiram subir desde a III até à 1.ª Divisão, sempre com a camisola do clube da sua terra.
Com a subida de divisão consumada, Manuel Fernandes manteve-se no comando técnico da equipa na época seguinte (1995/96). Como estreante na primeira divisão, as coisas não correram da melhor forma para o Campomaiorense, sendo então tomada a decisão de afastar Manuel Fernandes do comando técnico da equipa quando iam decorridas onze jornadas. Diamantino Miranda, actual treinador, foi o escolhido para comandar a equipa, sendo então coadjuvado pelo Professor Fidalgo Antunes. O plantel era então constituído pelos seguintes atletas: Paulo Renato, Brundin, Paulo Torres, Gila, Portela, Beto, Octaviano, Bruno Silva, Vítor Manuel, Sérgio, Joel, Álvaro, Stoilov, Stefan, Sousa, Jorge Silvério, Eurico, Nuno Afonso, Azinhais, Paulo Sérgio, Arriaga, Jimmy, Nuno Luís, Sardinha, Stevanovic e Jovo.
Ao novo técnico era pedida a manutenção na primeira divisão, objectivo que não foi conseguido por apenas um ponto. O Campomaiorense regressava então à II Divisão de Honra na época 1996/97, com o objectivo renovado de subir novamente à primeira divisão. Diamantino Miranda, que continuou à frente da equipa, construiu um plantel que conseguiu ascender novamente à 1.ª divisão, para além de se sagrar campeão nacional da II Divisão de Honra. O plantel era constituído pelos seguintes atletas: Paulo Sérgio, Portela, Eurico, Jorge Ferreira, Virgilio, Joel, Vítor Manuel, Jorginho, Gonçalves, Gabriel, Stoilov, Reinaldo, Valente, Serginho I, Serginho II, Abel Silva, Sousa, Arriaga, Álvaro, Piteira, Luís Canhoto, Nuno Carranca, Mohamed, Nuno Luís, Sérgio Paulista, Vítor Bernardes e Sérgio Barbosa.
Depois de conseguir subir à primeira divisão, devido a algumas divergências com a direcção, Diamantino Miranda abandonou o cargo de treinador do Campomaiorense. Para iniciar a época 1997/98, o escolhido foi Bernardino Pedroto para o comando técnico da equipa, tendo como adjunto José Pereira. Os resultados não estiveram de feição para com este treinador e, à passagem da sétima jornada, Bernardino Pedroto era substituído por João Alves. O plantel dessa época era o seguinte: Basílio, Leonel, Luís Miguel, Madureira, Paulo Sérgio, Vítor Bernardes, Jorge Ferreira, Eurico, Nuno Luís, Mohamed, Sousa, Joel, Nuno Carranca, Vítor Manuel, Jorginho, Reinaldo, Laelson, Welington, René Rivas, Vincze, Zoran, Nuno Campos, Gallardo, Branquinho, Vidais, Yuri, Viqueira, Correa, Marinho, Isaías e Demétrios.
O “luvas pretas”, que na época anterior tinha conseguido a melhor classificação de sempre do clube – o 11.º lugar -, iniciou a época 1998/99 à frente da equipa. Para enfrentar essa temporada João Alves constituiu o seguinte plantel: Paulo Sérgio, Jorge Ferreira, Luís Miguel, Basílio, Sousa, Vítor Manuel, René Rivas, Laelson, Welington, Isaías, Hugo Gomes, Demétrios, Nuno Campos, Kiko, Nélson, Jorginho, Poleksic, Nélson Morais, Mauro Soares, Marco Almeida, Carlos Fernandes, Rogério Matias, Ronaldo Barbosa, Joel Cabral, Paulo Miranda, Bruno Mendes, Marco Silva, Luís Canhoto, Serginho, Quim Machado e Sabugo.
Mais uma vez as coisas não correram de feição para o treinador da equipa que, à passagem da 13.ª jornada chegou a acordo com a direcção para abandonar o clube. As restantes jornadas foram cumpridas com José Pereira, seu adjunto. A manutenção foi alcançada e José Pereira conseguiu nessa temporada um feito inédito no clube: chegar à final da Taça de Portugal. Na final o Campomaiorense saiu derrotado pelo Beira Mar e José Pereira acabou por ser demitido do cargo de treinador.
Para orientar a equipa na época seguinte, 1999/2000, o escolhido foi Carlos Manuel, coadjuvado pelos adjuntos Agatão e Madureira. Carlos Manuel aceitava o desafio que lhe havia sido proposto, para essa época e constituiu o seguinte plantel: Paulo Sérgio, Poleksic, Beke, Bruno Mendes, Rogério Matias, Cao, Torrão,, Mário Jorge, Welington, Poejo, Laelson, Abílio, Demétrios, René Rivas, Marco Silva, Constantino, Hélder Garcia, Jorginho, Jorge Ribeiro, Sousa, Hugo Gomes, Cristiano, Mickey, Sandro, Hugo Cunha, Waldo, David, Arley e José Soares.
Na época seguinte, 2000/2001. Carlos Manuel continuou à frente do comando técnico da equipa, agora com o objectivo traçado pela direcção que passava por classificar a equipa nos dez primeiros lugares da tabela. Para enfrentar esse desafio, Carlos Manuel constituiu o plantel com os seguintes elementos: Rocha, Duka, Detinho, Marco Almeida, Beke, Bruno Mendes, Patacas, Paulo Sérgio, Hélder Garcia, Torrão, Cao, Sandro, Ristic, Poleksic, Poejo, Zaharievski, Constantino, Cañete, Carlos Alberto, Miguel Vaz, Jorge Ribeiro, Mário Jorge, Jorginho, José Luís, Sousa e Laelson.
Carlos Manuel também não resistiu aos maus resultados e à passagem da 11.ª jornada rescindia como clube. Diamantino Miranda, que já havia treinado o Campomaiorense, trocou Felgueiras por Campo Maior e regressou para treinar a equipa, trazendo como adjuntos o Professor Jorge Castelo e Luís Matos.
Foi neste período que a direcção do Campomaiorense decidiu apostar numa estrutura mais profissionalizada do clube, criando o lugar de Director Desportivo, lugar esse ocupado por António Fidalgo, um técnico que também fez história no clube como treinador.
Chegado ao clube, Diamantino Miranda, em conjunto com António Fidalgo, efectuou alguns reajustamentos no plantel, tendo sido dispensados sete atletas: Constantino, Ristic, Zaharievski, Hélder Garcia, Cañete, Sousa e Carlos Alberto. Para colmatar as dispensas, foram entretanto contratados os seguintes atletas: Bruno da Rocha, Nuno Gomes, Filipe Azevedo, Palácios, Roberto, todos eles no período de inscrições de Dezembro. Já no mês de Março o Campomaiorense efectuou ainda duas aquisições, Semedo e Paulo Vida.
Apesar das mudanças e reestruturações efectuadas na equipa, o Campomaiorense não conseguiu alcançar os seus objectivos e foi despromovido à II Liga. Os responsáveis do clube apostaram novamente em Diamantino Miranda para orientar a equipa, com o objectivo de regressar novamente à I Liga. Tal como aconteceu no plantel, também a equipa técnica sofre alterações, com Diamantino Miranda a ter como adjuntos Canan e Conhé, e como preparador físico o professor Manuel Henriques.
Para conseguir o regresso à I Liga, Diamantino Miranda conta com os seguintes atletas: Paulo Sérgio, Carlos Fernandes, Paulo Morais, Patacas, Leandro, Beke, Duka, Tomás Pereira, David Roldan, Miguel Vaz, Cão, Nuno Gomes, Nauzet, Carlos Martins, Plaza, Vargas, Pedro Ferreira, Marco Cadete, Filipe, Devigor, Chuiquinho, Jorginho, Detinho, Vasco Matos, Paulo Vida e Wellington.
Equipa que subia à I Divisão pela 1ª vez 1994-95
Equipa que subia à I Divisão pela 2ª vez 1996-97
Equipa 1998-1999
Equipa 1999-2000
Equipa 2000-2001
uma obra de Joaquim Folgado e Francisco Galego