domingo, 19 de julho de 2009

22- As infra-estruturas desportivas

Segundo algumas indicações , já antes do começo da Primeira Grande Guerra, os grupos de rapazes que ensaiavam os primeiros chutos na bola, aproveitavam as esplanadas dos antigos fortes do Cavaleiro e do Ribeirinho, o fosso terraplanado que viria a ser o Jardim das Viúvas, onde actualmente se situa o Lar Betânia, a terra batida do espaço onde se construiu o Jardim da Avenida, ou o Campo do Rossio, quando não estava ocupado com as eiras, pois era aí que a população fazia a debulha dos cereais e o apuro da palha.

Este campo do Rossio foi arranjado pela Câmara, para a prática do futebol no começo dos anos vinte e foi o campo normalmente utilizado pelos grupos da terra quando disputavam entre si desafios ou quando recebiam grupos de terras vizinhas, principalmente Elvas, Portalegre ou Badajoz. O campo que não dispunha de balizas fixas, improvisavam-se como dois paus a servir de postes ligados por uma corda a fazer de trave, nem sequer possuía as medidas regulamentares; mas foi o único espaço disponível para a prática do futebol até se tornar possível a utilização do Campo Capitão César Correia, no inicio dos anos 40.

Desde então, até à presente data, o Estádio Capitão César Correia, que é propriedade da Casa do Povo de Campo Maior, continua a ser o campo utilizado pelo Campomaiorense para a prática do futebol. Este espaço tem sofrido, ao longo dos anos, muitas transformações e modificações, com a necessária adaptação às exigências do futebol actual. Com a subida do clube aos sucessivos patamares do futebol nacional, tornou-se necessária a modernização do Estádio, que teve início com o seu arrelvamento, já nos anos oitenta.

Desde 1981 que o Sporting Clube Campomaiorense tem vindo a desenvolver o seu parque de jogos, tendo a construção sido efectuada em quatro fases. A maior remodelação sofrida pelo Estádio Capitão César Correia ocorreu com a subida do clube à primeira divisão nacional, na época 1994/1995. Foi então implantada a iluminação artificial, que permite a transmissão de jogos pela televisão à noite. Foram então construídas as novas bancadas do topo Sul e do topo Norte, o que possibilita a lotação de cerca de dez mil espectadores. Nos terrenos contíguos ao campo, surgiu então o designado campo número dois, também ele relvado, para dar apoio à equipa principal e às formações jovens do clube. As exigências da competição vão sendo cada vez maiores e o clube tem efectuado um enorme esforço para dotar as suas insfraestruturas desportivas de meios capazes de responder às necessidades. Nesse sentido foi recentemente inaugurado, já na época de 2000/2001, um campo com relvado sintético de apoio aos restantes campos.

Para além dos campos de futebol, também a sede social do clube foi sofrendo algumas alterações. Da antiga sede na rua 13 de Dezembro, Largo do Terreiro, Rua da Misericórdia, Rua Vasco Sardinha, passando pelo pavilhão Rui Nabeiro na rua 25 de Abril, a actual sede social do clube funciona nas novas instalações do clube na Rua Francisco Marchã. Ao mesmo tempo que se operava a remodelação do Estádio, foi construído um novo edifício, nos terrenos contíguos ao campo, onde estão centralizados todos os serviços do clube, tais como a secretaria, sala de troféus, sala da direcção, sala de reuniões, entre outras. Nesse mesmo edifício estão também instalados os balneários, ginásios, salas de massagens, salas dos técnicos, entre outras.

Numa perspectiva de futuro, a actual direcção propõe-se remodelar completamente o complexo desportivo existente, tornando-o mais moderno e funcional, tendo para o efeito mandado elaborar o respectivo projecto. Estamos em crer que, em breve, Campo Maior irá dispôr de um moderno e funcional complexo desportivo capaz de albergar a realização de jogos internacionais.

Estádio Capitão César Correia


Perspectiva do Estádio Capitão César Correia


Relvado sintético


Sala de Troféus do Campomaiorense


Rui Nabeiro descerra monumento no Estádio


uma obra de Joaquim Folgado e Francisco Galego