No dia em que a colectividade comemorou o 30º aniversário, a direcção lamentou a falta de apoios e a consequente desmotivação que afecta o grupo.
Foi na sede do Grupo Desportivo Arenense (GDA), bem no centro de Santo António das Areias, que algumas dezenas de pessoas se reuniram no dia 12 de Dezembro para assinalar mais um aniversário da colectividade. Uma reunião de amigos, os poucos que ainda acreditam e lutam por uma instituição que conta actualmente com cerca de 300 sócios pagantes, um número muito inferior ao registado há uns anos atrás.
Na sala dos troféus está escrita a história do Arenense. Móveis cheios de taças e paredes repletas de fotografias das várias gerações de futebolistas que passaram pelo clube. E foi no meio das memórias dos sucessos do GDA que aproveitámos para conversar com João Bugalhão. Presidente do GDA há três meses é um repetente neste cargo, uma vez que já havia desempenhado as mesmas funções entre 1996 e 2000.
Com alguma mágoa na voz, João começou por dizer que o seu regresso ao Arenense aconteceu "para que esta casa não fechasse". Tal como contou, "foram feitas várias tentativas para encontrar uma direcção e como não foi possível, e pelo amor que tenho a esta casa e ao movimento associativo de Marvão, achei que talvez pudesse ajudar a que esta casa não fechasse".
Naturalmente, os tempos mudam e com eles mudam também as instituições. João Bugalhão afirmou ao nosso jornal que "esta casa está muito diferente, o clube de hoje não é o clube de há 12 anos. Naquela altura, o clube era uma instituição muito importante no concelho, com uma larga actividade desportiva e recreativa e hoje está moribundo", atirou. E na óptica do presidente, o GDA "está moribundo porque de facto há entidades e instituições que não têm dado a atenção devida ao clube e isso tem levado a uma certa desmotivação das pessoas que, de forma voluntária têm dirigido o clube".
Além disso, o responsável atribuiu culpas a anteriores direcções, pois "também houve algumas asneiras por parte de uns dirigentes do clube há cerca de três ou quatro anos que levaram o clube a estar numa situação muito difícil", disse o presidente.
João não podia deixar de referir as dificuldades financeiras. Reconhecendo que "as coisas não estão fáceis", o responsável explicou que "temos um passivo avultado de alguma gravidade, a direcção anterior conseguiu amortizar alguma coisa e um dos nossos objectivos é pagar o que for possível". Para o presidente, o importante é que "independentemente do que fizermos, não fiquemos a dever nada a ninguém".
Referindo-se especificamente ao aniversário do GDA, e porque, afinal de contas, o dia era de festa, João Bugalhão afirmou que "hoje o que está na base desta comemoração é uma homenagem às pessoas que há 30 anos conseguiram criar a instituição".
Olhando para as vitrinas cheias de troféus, o presidente concluiu dizendo que "são 30 anos de alguma riqueza, também por estes prémios, mas principalmente pelas pessoas, pelos muitos jovens que por aqui passaram e fizeram a sua aprendizagem cívica e desportiva".
Textos: Ana Nunes/Fonte Nova
Foi na sede do Grupo Desportivo Arenense (GDA), bem no centro de Santo António das Areias, que algumas dezenas de pessoas se reuniram no dia 12 de Dezembro para assinalar mais um aniversário da colectividade. Uma reunião de amigos, os poucos que ainda acreditam e lutam por uma instituição que conta actualmente com cerca de 300 sócios pagantes, um número muito inferior ao registado há uns anos atrás.
Na sala dos troféus está escrita a história do Arenense. Móveis cheios de taças e paredes repletas de fotografias das várias gerações de futebolistas que passaram pelo clube. E foi no meio das memórias dos sucessos do GDA que aproveitámos para conversar com João Bugalhão. Presidente do GDA há três meses é um repetente neste cargo, uma vez que já havia desempenhado as mesmas funções entre 1996 e 2000.
Com alguma mágoa na voz, João começou por dizer que o seu regresso ao Arenense aconteceu "para que esta casa não fechasse". Tal como contou, "foram feitas várias tentativas para encontrar uma direcção e como não foi possível, e pelo amor que tenho a esta casa e ao movimento associativo de Marvão, achei que talvez pudesse ajudar a que esta casa não fechasse".
Naturalmente, os tempos mudam e com eles mudam também as instituições. João Bugalhão afirmou ao nosso jornal que "esta casa está muito diferente, o clube de hoje não é o clube de há 12 anos. Naquela altura, o clube era uma instituição muito importante no concelho, com uma larga actividade desportiva e recreativa e hoje está moribundo", atirou. E na óptica do presidente, o GDA "está moribundo porque de facto há entidades e instituições que não têm dado a atenção devida ao clube e isso tem levado a uma certa desmotivação das pessoas que, de forma voluntária têm dirigido o clube".
Além disso, o responsável atribuiu culpas a anteriores direcções, pois "também houve algumas asneiras por parte de uns dirigentes do clube há cerca de três ou quatro anos que levaram o clube a estar numa situação muito difícil", disse o presidente.
João não podia deixar de referir as dificuldades financeiras. Reconhecendo que "as coisas não estão fáceis", o responsável explicou que "temos um passivo avultado de alguma gravidade, a direcção anterior conseguiu amortizar alguma coisa e um dos nossos objectivos é pagar o que for possível". Para o presidente, o importante é que "independentemente do que fizermos, não fiquemos a dever nada a ninguém".
Referindo-se especificamente ao aniversário do GDA, e porque, afinal de contas, o dia era de festa, João Bugalhão afirmou que "hoje o que está na base desta comemoração é uma homenagem às pessoas que há 30 anos conseguiram criar a instituição".
Olhando para as vitrinas cheias de troféus, o presidente concluiu dizendo que "são 30 anos de alguma riqueza, também por estes prémios, mas principalmente pelas pessoas, pelos muitos jovens que por aqui passaram e fizeram a sua aprendizagem cívica e desportiva".
Textos: Ana Nunes/Fonte Nova